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Realmente não entendo essa
mania que algumas pessoas têm de querer dar palpite em tudo. Te perguntei?
Então guarda os seus pensamentos para você. Ninguém quer saber. Todo mundo acha
alguma coisa, tem algo para “contribuir” ou um conselho para dar para outra
pessoa.
Fico incrivelmente atordoada
com o número de gente que pensa que ser conselheiro e palpiteiro é bacana. Vou
te contar um segredo: muitas vezes dizer o que a gente acha soa extremamente
indelicado e inconveniente. Se estou te contando algo, apenas escute. Entenda
que muitas vezes o outro só quer desabafar. Ele não quer ser julgado, nem que
alguém apresente uma cartela de soluções.
Vamos ser sinceros: a sabedoria
de padaria não funciona num piscar de olhos. É fácil dizer como outra pessoa
deve agir, afinal, você está do lado de fora da encrenca. Só vivendo o problema
para saber exatamente o que fazer com ele.
Acho que você tem que agir
assim e assado. Me desculpa, mas você não tem que achar nada. Você tem é que
cuidar da sua vida, dos seus problemas, das suas coisas. Seria muito mais fácil
viver em sociedade se cada um se preocupasse em fazer o que deve ser feito.
Viver, na forma mais ampla da palavra. A própria vida, no caso. Quer ajudar
alguém? Faça caridade. Tem um montão de gente precisando de comida, teto,
artigos de higiene e vestuário. Quer ser útil? Faça um trabalho voluntário. Tem
muita gente precisando de um afago, de atenção, de cuidado. Olha eu, aqui,
dizendo o que você tem que fazer. Por favor, não me leve a mal, não quero me
contradizer. Acho mesmo que cada macaco deve ficar e cuidar do seu galho. Mas
se te faz falta ajudar, aconselhar, palpitar, por favor, gente precisando de
ajuda é o que não falta. Basta visitar um asilo, um orfanato, um hospital.
Querer ser útil é nobre e bonito. Mas sair palpitando por aí é ruim demais.
Raramente peço conselhos. Acho
que consigo me entender com o tico, o teco e toda a turma. Ninguém sente o que
sinto, ninguém mora dentro de mim. E entenda: aqui dentro é uma confusão. Só eu
consigo entender coisas que são minhas, que estão guardadas a sete chaves, que
estão perdidas no porão, que estão cheias de mofo e pó. Ninguém tem esse poder,
apenas eu e minhas confusões.
Não gosto quando alguém diz que
tenho que fazer isso ou aquilo. Eu sei o que precisa ser feito, eu tenho o
domínio da minha vida, eu sei o que aceito e o que não me desce pela garganta
de forma alguma. Eu, eu, eu. Isso mesmo. De vez em quando a gente precisa se
posicionar, encarar os fatos de frente e fazer um raio-x criterioso do que se
passa lá dentro. É que ninguém enxerga o nosso avesso.
Fonte: texto extraído do do
blog de Clarisse
Corrêa
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