A águia começa por fazer o ninho no alto de um pico rochoso. Em baixo, somente o abismo e em volta o ar para sustentar as asas dos filhotes.
A águia-mãe empurra os filhotes para a beira do ninho. Nesse momento, o seu coração acelera com emoções conflituantes, pois ao mesmo tempo em que empurra sente a resistência dos filhotes em não quererem ir em direcção ao precipício.
Para eles, a emoção de voar começa com o medo de cair. Faz parte da natureza da espécie. Apesar da dor, a águia sabe que aquele é o momento. A sua missão deve-se completar, mas ainda resta a tarefa final: o empurrão.
A águia enche-se de coragem. Ela sabe que enquanto os seus filhotes não descobrirem as suas asas, não entenderão o propósito da sua vida. Enquanto não aprenderem a voar, não compreenderão o privilégio que é nascer águia. Assim, o empurrão é o maior presente que ela pode-lhes oferecer. É o seu supremo acto de amor. Então, empurrando um a um, ela precipita-os para o abismo. E eles voam! Livres após descobrirem as suas asas.
- Autor Desconhecido -
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