segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Olhos que vêem, realidade que se cria



Era uma vez um homem que vivia junto a uma estrada e que vendia umas farturas deliciosas. O negócio ia de vento em popa. Corria tão bem que pôde investir em publicidade. As pessoas compravam as suas farturas. E cada vez corria melhor, e cada vez investia mais no seu negócio.
No Verão, o seu filho veio visitá-lo. Ele estava na universidade, onde frequentava uma pós-graduação em Ciências Empresariais. O filho, ao ver todo aquele investimento em meios, terrenos e farturas, disse-lhe:
— Pai, não ouve a rádio, não lê os jornais? Estamos a atravessar uma crise enorme. Vai tudo à falência.
O pai pensou: “O meu filho tem estudos. Está informado. Sabe do que fala.”
Assim, comprou menos ingredientes para reduzir a produção de farturas. Reduziu grandemente os gastos e parou com a publicidade. As vendas foram diminuindo de dia para dia e, ao fim de pouco tempo, o negócio começou a dar prejuízo. O homem telefonou ao filho, que tinha voltado para a universidade, para lhe dizer:
— Tinhas razão, filho. Estamos afundados numa crise enorme.

Fonte: Texto extraído do livro “Storytelling – A magia das palavras”, de Gabriel García de Oro, Gestão Plus, 2011.

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