domingo, 24 de julho de 2016

Como lidar com a violência doméstica?



Ser sem deixar de ser.
Ser e respeitar o outro tal como ele é.
Ser e ser respeitado tal como é.
Ser livre para ser quem se é.
Ser livre para permitir que o outro seja tal como é.
Damos as mãos e caminhamos lado a lado.
Jogos de poder começam quando uma das pessoas num relacionamento se sente insegura, se sente com medo e a outra pessoa muda o seu comportamento para se ajustar ao outro.
A liberdade diminui. O controlo aumenta.
A violência aumenta. O amor diminui.
Os limites são excedidos. A identidade é anulada.
É como dançar tango. Para dançar, é preciso duas pessoas. Uma pessoa comanda e a outra pessoa segue. Não devia ser assim. Ambos devem comandar e seguir. Deixar fluir, seguir a sua intuição e agir de acordo com ela.
Quebramos o ciclo vicioso da violência doméstica, quando tomamos consciência que somos vítimas do outro, mas também quando tomamos consciência que somos responsáveis pela situação, pois permitimos que o outro nos controlasse. No fundo, demos o nosso poder ao outro. Queríamos que o outro nos protegesse, mimasse, amasse. Ele devia ser responsável pela nossa proteção e segurança. E assim, o outro acha que sabe o que é bom e mau para nós. Já não precisa de nos perguntar o que precisamos. Ele sabe o que precisamos.
Depois de termos consciência da situação e do comportamento de ambas as partes da relação, é preciso separar-nos. Cada um deve seguir sozinho o seu caminho.
A vitima: Seguir sozinho o seu caminho e restaurar a sua auto-estima, a sua identidade, os seus limites.
O agressor: Seguir sozinho o seu caminho e interiorizar as suas motivações e intenções por ter agido daquela maneira.

Autoria: Sandra Mendes

Sem comentários: