quinta-feira, 2 de junho de 2011

Vive o que é o Coaching






Será que Storytelling e Coaching têm algo em comum? O que é que isto lhe diz?
Storytelling, isto é, contar Histórias. É uma excelente técnica para transmitir conhecimentos e saberes, mas também para permitir a reflexão sobre os nossos comportamentos que nos aproximam ou afastam do sucesso, da felicidade. E através desta consciência, dá-nos motivação para optimizarmos o nosso desempenho.
“O Cão que Perdeu o Rebanho”[1], é um livro aparentemente infantil, que nos mostra o poder e a essência do Coaching, que visa direccionar-nos para uma meta, possibilitando o despertar para as nossas potencialidades, muitas vezes desconhecidas por nós, e que nos permitirão chegar onde pretendemos. 
 “Nunca me vi numa situação como esta e agora dou-me conta de que o facto de me abrir a novas experiências, sem preconceitos de qualquer espécie, me oferece um novo mundo de oportunidades (…)”
Conta-nos uma história de 4 animais, um cão, um leão, uma serpente e uma toupeira que se juntam com a missão de encontrarem o Coach. Cada animal revela comportamentos, dificuldades identificáveis no mundo dos humanos, que através das suas aventuras vão descobrir algumas das suas habilidades ocultas e consequentemente abrirem-se a um novo mundo de potencialidades.
O Coach é um mocho que ajuda “… a reflectir sobre as tuas acções e a compreender a razão porque chegaste a esta situação. Mas sobretudo que possa dar-te uma mãozinha para saberes como defrontar o teu novo destino.” Através do mocho Coach, podemos assistir a pequenas sessões de coaching; à referência de planos de acção; à importância das perguntas poderosas e da escuta activa na tomada de consciência por parte de cada animal coachee; de que o coaching é um processo que pode consistir de várias sessões, etapas para alcançarmos os nossos objectivos. “É aqui que devemos desenvolver a nossa capacidade de ver as coisas com outros olhos. Converter-nos noutro tipo de observador para avaliarmos a situação de um ângulo diferente e apercebermo-nos do que podemos fazer. Somos nós que interpretamos as realidades e, de acordo com o tipo de interpretação que fazemos, seremos capazes de as defrontar de maneira muito diferente e, portanto, de actuar de uma ou de outra forma.”
Por outro lado através do comportamento do cão Socri podemos visualizar características próprias de uma Atitude Coach: em momentos tensos, acalmou as emoções, focalizando na meta, no motivo que os unia. Deu perspectivas de solução para os problemas, terminando com perguntas poderosas: “Que te parece?”, “O que te pode acontecer?” Conseguia ler a linguagem corporal dos outros, transmitia confiança, animava, fazia escuta activa, era empático com as dificuldades dos outros, acreditava no potencial dos outros.
À primeira vista podemos verificar que esta personagem tem as características para revelar uma excelente atitude coach no relacionamento com os outros. Mas se analisarmos esta personagem mais profundamente, podemos constatar como os nossos hábitos podem ser um entrave ao nosso crescimento, nomeadamente na situação em que o cão se envolve demasiado no cumprimento do seu papel quando lida com as hienas. Ele não se apercebe quando deve parar de perseguir as hienas. Pela primeira vez que foi abandonado pelo seu dono, ele tem a oportunidade de voltar a desempenhar o mesmo papel que fazia quando tomava conta com o rebanho de ovelhas, retornando ao seu comportamento antigo. Tendo esta consciência, apercebemo-nos que o desenvolvimento pessoal ou profissional é algo constante e contínuo na nossa vida e que “Todos precisamos de alguém que nos indique o caminho.


[1] O Cão que Perdeu o Rebanho”, de Consol Iranzo, da editora Clube do Autor, 2011


Sem comentários: